O Início...

A criança segue o caminho lentamente. Parece hipnotizada. À cada passo, mais se distanciava de sua mãe. Esta por sua vez, entretida em sua conversa, nem se deu conta que a criança já não está mais ao seu lado. Tudo acontece rápido demais. A buzina do carro e o som da freada brusca chama a atenção da mãe. Seu grito é instantâneo e sua atitude desesperada. Joga tudo para o alto e corre para onde está o carro. O motorista está parado, parece abalado, perturbado. Caída na rua, está a criança. A mãe joga-se no chão, e pega aquele pequeno corpo em seus braços. O corpo balança agora entre os braços da desesperada mãe. A criança estava morta... Era o fim...
Não... Era o início...
A ambulância vem rapidamente. Logo a polícia também chega. A mãe não queria de forma alguma soltar o corpo de seu amado filho. Seus gritos ecoam entre os prédios de concreto. O policial tenta acalmar a pobre senhora. Mas ela não quer se acalmar. Sua vida estava acabada. Seu único filho estava morto... Ou não... A criança abre os olhos. Encara a mãe desesperada. Com um movimento brusco desvencilha-se dos braços da mãe e põe-se de pé. A mãe está perplexa. Todos à sua volta estão. Alguém ao fundo grita que foi um milagre. A criança encara a mãe, e por um breve momento seus olhos brilham. A mãe sente sua espinha gelar. Um calafrio percorre todo seu corpo. A criança percebe o medo repentino da mãe e sorri. Um sorriso malicioso e carregado de maldade. A mãe ficou paralisada. Não tinha coragem para se mexer. A criança aproximou-se da mãe e segurou sua mão. – Vamos mãe – disse ainda sorrindo. – É hora de ir para a casa. A mãe levantou-se e como um zumbi deixou aquele lugar e caminhou de volta para a sua casa.
Dois dias após o acidente, a mãe é encontrada enforcada no seu quarto. Nenhuma carta de despedida. Apenas um bilhete. Nele estava escrita a palavra socorro. A criança, seu filho, que milagrosamente sobreviveu ao atropelamento, havia desaparecido. Não havia sinal de arrombamento na casa, e nada fora roubado. A polícia arquivou o caso, como sendo mais um suicídio entre tantos naqueles dias.
O ser humano em sua busca pela racionalidade acaba ignorando as pistas que aparecem diante de seus olhos. Se a polícia tivesse dado um pouco mais de atenção à esse caso, muita coisa teria sido evitada. Teriam percebido que o mesmo caso acontecera em diversas partes do país e que mais de cem crianças já haviam desaparecido. Teriam se precavido, ou pelo menos teriam tido tempo de fugir. Mas não fizeram nada disso. Fecharam seus olhos e ignoraram os fatos que estavam diante deles. E quando menos esperavam, aconteceu... Era o início...
Não... Era o fim...
Os habitantes daquela cidade nem se deram conta do que aconteceu. O ataque foi rápido, preciso. Contra aquele exército negro, as armas dos homens não tinham efeito algum. As garras despedaçavam os que tentavam se opor à sua marcha. Não demorou muito para o sangue lavar as ruas das cidades e os corpos empilhados já chegavam aos milhares. Os poucos que sobreviveram ao primeiro dia do ataque fugiram para os campos, tentando alertar à todos sobre o que havia acontecido. No início ninguém acreditou nas palavras dos sobreviventes, mas devido à insistência deles, conseguiram recrutar um grupo grande de pessoas para tentar lutar contra aquele mal indizível que havia assassinado milhares de pessoas na cidade. Mas ao chegarem na cidade, nada de errado encontraram. Não havia nenhuma criatura demoníaca. Não havia corpos, e nem tampouco sangue espalhado nas ruas. Não havia caos. Não havia destruição. Tudo estava perfeitamente normal. Normal até demais. Os ditos sobreviventes foram chamados de loucos. Todos voltaram para seus afazeres rindo daquela situação vergonhosa. Mas se eles tivessem parado por um momento, teriam reparado nos olhos das pessoas que estavam na cidade. Olhos negros e vermelhos, carregados de malícia e maldade.
Era o início do fim... A raça humana estava condenada.
Não... Era o início...
A ambulância vem rapidamente. Logo a polícia também chega. A mãe não queria de forma alguma soltar o corpo de seu amado filho. Seus gritos ecoam entre os prédios de concreto. O policial tenta acalmar a pobre senhora. Mas ela não quer se acalmar. Sua vida estava acabada. Seu único filho estava morto... Ou não... A criança abre os olhos. Encara a mãe desesperada. Com um movimento brusco desvencilha-se dos braços da mãe e põe-se de pé. A mãe está perplexa. Todos à sua volta estão. Alguém ao fundo grita que foi um milagre. A criança encara a mãe, e por um breve momento seus olhos brilham. A mãe sente sua espinha gelar. Um calafrio percorre todo seu corpo. A criança percebe o medo repentino da mãe e sorri. Um sorriso malicioso e carregado de maldade. A mãe ficou paralisada. Não tinha coragem para se mexer. A criança aproximou-se da mãe e segurou sua mão. – Vamos mãe – disse ainda sorrindo. – É hora de ir para a casa. A mãe levantou-se e como um zumbi deixou aquele lugar e caminhou de volta para a sua casa.
Dois dias após o acidente, a mãe é encontrada enforcada no seu quarto. Nenhuma carta de despedida. Apenas um bilhete. Nele estava escrita a palavra socorro. A criança, seu filho, que milagrosamente sobreviveu ao atropelamento, havia desaparecido. Não havia sinal de arrombamento na casa, e nada fora roubado. A polícia arquivou o caso, como sendo mais um suicídio entre tantos naqueles dias.
O ser humano em sua busca pela racionalidade acaba ignorando as pistas que aparecem diante de seus olhos. Se a polícia tivesse dado um pouco mais de atenção à esse caso, muita coisa teria sido evitada. Teriam percebido que o mesmo caso acontecera em diversas partes do país e que mais de cem crianças já haviam desaparecido. Teriam se precavido, ou pelo menos teriam tido tempo de fugir. Mas não fizeram nada disso. Fecharam seus olhos e ignoraram os fatos que estavam diante deles. E quando menos esperavam, aconteceu... Era o início...
Não... Era o fim...
Os habitantes daquela cidade nem se deram conta do que aconteceu. O ataque foi rápido, preciso. Contra aquele exército negro, as armas dos homens não tinham efeito algum. As garras despedaçavam os que tentavam se opor à sua marcha. Não demorou muito para o sangue lavar as ruas das cidades e os corpos empilhados já chegavam aos milhares. Os poucos que sobreviveram ao primeiro dia do ataque fugiram para os campos, tentando alertar à todos sobre o que havia acontecido. No início ninguém acreditou nas palavras dos sobreviventes, mas devido à insistência deles, conseguiram recrutar um grupo grande de pessoas para tentar lutar contra aquele mal indizível que havia assassinado milhares de pessoas na cidade. Mas ao chegarem na cidade, nada de errado encontraram. Não havia nenhuma criatura demoníaca. Não havia corpos, e nem tampouco sangue espalhado nas ruas. Não havia caos. Não havia destruição. Tudo estava perfeitamente normal. Normal até demais. Os ditos sobreviventes foram chamados de loucos. Todos voltaram para seus afazeres rindo daquela situação vergonhosa. Mas se eles tivessem parado por um momento, teriam reparado nos olhos das pessoas que estavam na cidade. Olhos negros e vermelhos, carregados de malícia e maldade.
Era o início do fim... A raça humana estava condenada.